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 Budismo...

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Womnd

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MensagemAssunto: Budismo...   Budismo... Empty23/2/2011, 4:35 pm

Ace.® (12/07/09)

Budismo

Retornando ao rumo, vou fazer o possível para “fechar” a série de posts que há meses eu tinha começado a fazer, falando sobre caminhos diferentes do cristianismo. Um desses é o Budismo, então, vamos lá.

O Budismo é baseado nos ensinamentos atribuídos a Sidarta Gautama (Siddhartha Gautama) aka “Buda” ( “Buddha”, que significa algo como “Aquele que Despertou”).
Ele já caminhava pela Índia uns 400 anos antes de Cristo, o que conseqüentemente faz o Budismo ser mais antigo do que o Cristianismo.

Os budistas os reconhecem como o “professor” que repartiu seus conhecimentos com todos aqueles que possuem “senciência“, e com isso os ajudou/ajuda a acabar com seu sofrimento ensinando-os a compreender a natureza e seus fenômenos, assim podendo escapar do ciclo de reencarnações, que consiste basicamente em ficar voltando a Terra até sanar todas suas “dívidas”. Esse ciclo é chamado “Samsara”, e ao fim desse ciclo, a pessoa deixa de reencarnar e ter que passar por essas situações adversas na Terra, assim atingindo o nirvana.

OBS.: Senciência não significa “sem ciência”, significa capacidade de “sentir”, seja sofrimento ou felicidade.

OBS.2: “Reencarnar” não é o mesmo que “ressuscitar”. De forma simples de explicar, reencarnação é renascer em outro corpo, ressuscitar é renascer no mesmo corpo (que foi o caso do Super Star Jesus Christ).

A história de Buda não é tão misteriosa. Ele era príncipe, e seu pai como Rei o proibia de deixar o reino em razão dele ser príncipe, coisa que poderia ser perigosa já que violência não é exclusividade de nossa época.
Mas aos 29 anos, ele desrespeitou seu pai e saiu do reino, dando de cara com a realidade do mundo fora dos muros do palácio. As primeiras coisas que ele viu do lado de fora são chamadas de “As 4 Visões”.

Essas 4 visões foram: Um homem doente, um idoso, um corpo em decomposição e um ascético.
Todos sabem do que tratam as 3 primeiras visões, mas a última (ascético) é um termo para se referir as pessoas que possuem alguma prática de renúncia/não satisfação para fins espirituais.

Essas 4 visões fizeram com que Sidarta abandonasse seu reino e suas riquezas para adentrar uma jornada espiritual, para livrar a si próprio do sofrimento de “viver a vida”.

Só ressaltando que “o sofrimento de viver a vida” não é pelo lado “emo” da coisa. Isso se baseia na teoria de que existe um plano superior onde tudo é melhor.

Ele abandonou o que tinha de ascético em si, substituindo esses “sacrificios” físicos por simples meditação e reflexão, usando de “anapanasati “ (Sensibilização da respiração), e posteriormente descobriu o “Meio Termo”, ou “Caminho do Equilíbrio”, que é o ponto médio entre a benevolência e a flagelação.

Após descobrir o “Caminho do Equilibrio”, já em seus 35 anos, ele sentou-se sob uma figueira (que ficou conhecida como “Árvore da Iluminação”, ou “Bodhi”), na cidade de Bodh Gaya na Índia, e prometeu que não levantaria de lá enquanto não alcançasse o nirvana. Após muitos dias de meditação ele alcançou sua meta e tornou-se o “Ser Desperto”, “Aquele que Despertou”, ou simplesmente "Buda".

Após seu despertar espiritual, ele atraiu alguns seguidores e instituiu uma ordem monástica (ordem de monges) e dedicou o resto de sua vida a viajar ensinando e passando seus conhecimentos sobre o Samsara, sobre o “Caminho do Equilibrio” e também sobre “Dharma” (que significa realidade/Lei Natural).

Agora saindo da história de Buda e voltando ao Budismo em si...

Segundo “As 4 Nobres Verdades” do budismo, a vida da forma que a humanidade conhece (já desde aquela época), É ou GUIA para o “dukkha” (sofrimento). Esse sofrimento é causado por desejo ou apego a qualquer tipo de coisa mundana.

Esse apego é demonstrado por nos agarrarmos ao “senso de existência”, nos agarrarmos ao nosso próprio indivíduo ou a coisas que as pessoas consideram causa de felicidade ou tristeza.

Esse sofrimento desaparece quando o apego desaparece e quando a pessoa é liberta do “desejo”, eliminando toda desilusão e por conseqüência, a decepção, assim alcançando o estado de iluminação (Bodhi).

Essa Iluminação é alcançada seguindo 8 passos, que são: compreensão correta, raciocínio correto, fala correta, ação correta, vivência correta, esforço correto, atenção correta e concentração correta.

Durante esses 8 passos para iluminação, a pessoa adquiri alguns elementos, que são “Prajñā”, “Śīla” e “Samādhi “.

“Prajñā”, que é a sabedoria que purifica a mente, que ajuda a atar os ensinamentos espirituais com as leis naturais da vida, que incluem: ver as coisas como elas realmente são (não como parecem ser) e a intenção de renúncia, liberdade e inocuidade. Esses dois “passos” são chamados de “Ditthi” e “Sankappa”, respectivamente.

“Śīla” são as éticas morais e/ou abstenção de vícios insalubres. Dentro deste item existe 3 passos: “vāca” (falar em tom confiante, e não agressivo), “kammanta” (agir de forma não ameaçadora) e “ājīva” (Viver de forma que não ofereça perigo aos outros ou a si próprio).

“Samādhi” é a disciplina mental requerida para desenvolver maestria e controle sobre a própria mente. Isso é realizado através de algumas práticas meditativas como “vāyāma” (se esforçar para melhorar), “sati” (sensibilidade para ver as coisas como elas são com clara consciência e ser consciente de si próprio dentro da realidade atual, sem desejos ou aversões) e “samādhi” (meditação correta).

Curiosidade: A primeira Lua cheia do mês de Maio é chamada de "Lua de Buda", porque dizem que Buda nasceu sob a primeira lua cheia do mês de Maio, provavelmente entre os 10 primeiros dias do mês.

Resumindo drasticamente o budismo, ele é isso que está escrito acima. Buda não é um Deus mágico, ele foi uma pessoa normal, que ao longo dos anos desenvolveu extremo controle sobre a própria mente e deixou um legado de seguidores mantém a coisa viva até hoje.





V. Pignøne (12/07/09)

A históris de Sidarta realmente é bem interessante. Em certa ocasião pensei em ser Budista, mas em qualquer religião, nada me abastece. Porém, vejo que qualquer religião é mais completa e satisfatória que o cristianismo. Cristianismo promete e nada cumpre. Outras não pormetem, fazem, e por meio desses fazeres, satisfazem o indivíduo..





Ace.® (13/07/09)

Agora vejam a diferença de seriedade.
No cristianismo, o "exemplo" é um ser milagroso com poderes de Deus, e os seguidores seguem a coisa de qualquer maneira.
No budismo, o "exemplo" é um ser humano comum, com excelente controle mental, e os seguidores seguem a coisa na risca.
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Marcos Garcia

Marcos Garcia


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MensagemAssunto: Re: Budismo...   Budismo... Empty2/4/2011, 9:20 pm

Belíssimo post, Gregory, e aproveito para expandir um pouco: o Budismo, diferente do cristianismo, é ua filosofia de vida extremamente humana, já que a responsabilidade dos atos de uma pessoa é dela mesma, sem contar que a questão das Quatro Nobres Verdades é uma coisa extremamente humanista, e como gosto de colocar, há uma gravura em que Sidarta Gautama, após atingir o Nirvana, é exaltado pelos próprios deuses hindus, pois mesmo estes estão submissos à lei do karma e do renascimento. E um homem, de carne e sangue, venceu a barreira que nem mesmo os deuses podiam vencer.
O homem é superior sempre.
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